*ilutração: Patricia Ariel
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Metamorfoses Cabelísticas
*ilutração: Patricia Ariel
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Apagão
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Estamos juntos
Toda vez que ela diz “papai” eu consigo escutar as batidas do seu coração.
Mesmo quando você não me dirige aquele olhar marejado e assustado do princípio, tentando fingir que já se acostumou com o novo título, dá para ouvir.
Por alguns deliciosos instantes a gente até esquece que a luta é diária e que o caminho na construção de um amor verdadeiro é longo e difícil.
Lembre-se que mesmo quem conta com a vantagem da genética às vezes esquece que o desafio da paternidade não é só para pais como você.
Pais biológicos nem sempre são pais de coração.
E ela diz “papai”.
Então meu coração se junta ao seu neste ritmo acelerado. Porque para mim a conquista é sentida em dose dupla: me emociono por você, que ganha uma filha, e por ela, que ganha um pai de verdade.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Rebeldia emprestada
Se por um lado ser mãe-mulher-esposa-filha-professora-dona-de-casa-etc-etc já me deixa exausta, por outro eu gostaria de ser muito mais. Gostaria, por exemplo, de ser um pouco rebelde. Na adolescência, nas poucas vezes em que tive coragem de matar aula no colégio, contei logo para minha mãe e sofri de remorso. Sempre fui incompetente para fazer coisas erradas e acredito que com isso não experimentei um tipo de emoção da vida.
E porque não dá pra sair colocando piercings pelo corpo nesta altura do campeonato, agradeço pelas amigas que tenho. Talvez elas nem saibam disso, mas quando compartilham suas angústias e alegrias comigo, deixam-me sentir o gostinho dessas outras emoções.
Através das minhas amigas, eu já percorri toda a Inglaterra, morando em trailer e tendo vizinhos nudistas. Também já fui de mala e cuia tentar a vida no litoral baiano, fui viver de amor. Já tive namorado tatuado do couro cabeludo até a ponta dos pés. Vivi aventuras amorosas (e proibidas) sob o luar carioca e outras ainda mais inesquecíveis sob o luar de Las Vegas. Um dia abandonei tudo e fui descobrir quem eu era sozinha, noutro lugar. Já entrei em briga, tirei satisfação com gente furando fila no McDonalds, já mandei quem não devia praquele lugar. Pintei o cabelo de todas as cores e fiz várias tatuagens.
Nunca fui noviça, mas graças às minhas amigas pude ser rebelde.
