quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A festa de aniversário


A mamãe levou um susto
Ai que dor no coração!
A idade do “bebê” não mais se conta
Só nos dedos de uma mão.

Seis anos é boa hora
Para verdadeira comemoração
Corre a mãe para Vinte e Cinco
Em busca de promoção.

Tias, vovós e bisa
Engajam-se na produção
Tanto detalhe exige
numerosa participação.

Linha e agulha para todo o lado
Tudo feito à mão
Para ser criativo é preciso
Muita dedicação.

Cinco meses se passaram
De intensa preparação
E as contas aumentaram
Para horror do maridão.

Quase tudo pronto para festa
Uma perfeição!
Mamãe e filha ficam doentes
Só pode ser de excitação.

Para estragar a alegria
“chuva” disse a previsão
Mamãe fica louca acompanhando 
o clima pela televisão.

A família veio de longe
Vizinha emprestou colchão
Pai e padrasto na mesma casa
Quanta confusão!

Finalmente chegou o dia
Vamos todos pro salão
Fazer escova e unha
Para esconder a exaustão.

Nem o frio nem a garoa
Causaram chateação
As crianças brincaram
Como se fosse até verão.

O bolo estava lindo
Os doces, uma tentação!
Todo mundo elogiou
A trabalhosa decoração.

A linda aniversariante
Se encheu de emoção
Tudo aquilo era só dela
Parecia até uma ilusão.

Tanta gente alegre
Espalhada no salão
Como é bom celebrar a vida
Com quem mora no coração.





Não gosto de publicar fotos pessoais, mas acabei não resistindo. Precisava compartilhar pelo menos um pedacinho da festa com vocês. No blog da Tatiana Bonotto, a artista que fez o bolo e os cupcakes irresistíveis, tem mais algumas fotinhos.  ;-)

Fotos by Larissa

sábado, 11 de setembro de 2010

Refúgio Cosmético-Materno


Depois de ter passado da fase de deixar o bebê dentro do chiqueirinho hipnotizado pelo Baby Einstein ou de levar a criança na cadeirinha para o banheiro e ficar jogando água contra o box para entretê-lo, a hora do banho finalmente passou a ser um momento meu, egoísticamente falando.  

Não dá pra ir ao salão, não dá para ir a academia freqüentemente, não dá para passar o dia de pernas para o ar lendo um livro. Mas tomar banho é necessidade básica de higiene. Tomar banho tem que dar. E o melhor: todos os dias!

Ficar trancada no banheiro é o que mães podem fazer sem culpa. O que mamãe está fazendo? Não, ela não está negligenciando sua cria. Está tomando banho, ué. Depois de descoberto esse refúgio espiritual cresceu em mim uma avassaladora paixão por cremes, xampus, esfoliantes e, porque não, pastas de dentes.

No chuveiro fica difícil escolher uma das várias opções de xampu.  Apesar de só ter uma cabeça, há um produto para cada tipo de cabelo: lisos luminosos, cachos rebeldes, ondas glamour, cor estonteante. O que importa mesmo na hora de escolher o xampu é a fragrância. Tem dia que estou mais para coco com lima, outro dia para baunilha ou chocolate. Depende do estado de espírito. Quando não consigo decidir, vão  os dois mesmo. 

Os sabonetes também causam polêmica. Eucalipto ou Orquídea-gotas-de-beleza? Aroma-relax-pele-dos-sonhos ou efeito-iluminador? Isso tudo, é claro, para ser conjugado com o sabonete esfoliante, que se encaixa em outra categoria que não a dos sabonetes, apesar do nome.  Aí não há dúvida porque sou fiel a ele, o único e absoluto esfoliante de Açaí. Tão cheiroso, mas tão cheiroso... que eu tive que experimentar com uma lambidinha. (Não recomendo).

Depois do banho vem a melhor parte: a sobremesa. Um mosaico de frascos coloridos enfeita a pia. Dois ou três óleos e uma infinidade de hidratantes. Tem o próprio para os pés, joelhos, pernas, culotes, mamas, ombro-e-pescoço, rosto e área dos olhos. E não importa quantos hidratantes você tenha, sempre há um lançamento que você quer muito ter. Essa insatisfação  permanente me leva a, às vezes, dar uma de Xuxa em comercial da Monange e usar muito, mas muito creme de uma só vez. Isso quando não acabo passando o creme de marcas de expressão no joelho e calcanhar para me livrar dele mais rápido. A alegria de jogar um frasco vazio no lixo é quase tão grande como a de trazer um cheio e novinho em folha para a família.

Futilidade ou não, meus queridos cosméticos cuidam de mim como eu cuido da minha casa, dos meus alunos e da minha família. Inverter a ordem dos fatores é uma deliciosa terapia.