Não são apenas as suas memórias que estão desaparecendo. Junto com elas, vão também as minhas. Porque só sou neta na sua presença de avô. Sem avô, como é que fica a neta?
Quando te vejo andando inquieto pela casa imagino que está procurando esta história sua, que se perdeu não sei aonde. Sem reconhecer as pessoas em nossa volta deve ser mesmo difícil saber quem a gente é. Porque, de certa forma, a gente só é alguma coisa na presença do outro. Só sou mãe na presença da minha filha. Só sou professora na presença dos meus alunos. Só sou esposa na presença do meu marido. Só sou filha na presença da minha mãe. E também só sou neta na presença do meu avô. Se meu avô se perdeu, fiquei órfã também da neta que eu fui por tantos anos e com tanta alegria.
Dá vontade de sair à busca da memória com você, vô. Achar o passado escondido debaixo da cama e te entregar. Toma vô, achei a gente pra você. Mas nem eu, no alto da minha juventude, sou capaz de tal proeza.
Então fico imaginando que cada partícula de memória que lhe escapa agora, vai se esconder numa outra dimensão, um lugar onde você vai, aos poucos, ganhando forma novamente. A essa altura, sua parte vô já está lá, esperando as outras partes de você para ficar completo outra vez. Ainda assim, a gente fica aqui, segurando já com saudades os restinhos que por enquanto nos sobram.
Este é o post de número 60 neste blog que comemora, hoje, o primeiro ano no ar. Gostaria de agradecer do fundíssimo do meu coração a todas as pessoas que visitam sempre o blog, os leitores, os seguidores, os divulgadores e comentaristas. Procurei responder a todos os comentários durante o ano, já que meus posts são sempre impessoais. Vocês têm sido fundamentais neste exercício a que me propus de escrever, escrever e escrever. Muito obrigada a todos pelo carinho e pela amizade. ~ Nina Fiuza.
ai que eu sempre me emociono com seus posts..
ResponderExcluirserá essa a intenção?
obrigada vc flor, por todas as palavras escritas com tanto carinho, não te sigo por todo esse ano que o blog comemora, mas pelo pouco que estou aqui me identifico o suficiente pra admirar sem te conhecer!
Parabens
bjos
maravilhoso as usual!
ResponderExcluirMe emocionou! JEa estou na fila para comprar um livro seu.
bjos e parabéns por 1 ano de blog.
Adoro todos os seus textos!
ResponderExcluirE parabéns por um ano de blog!
Um beijo.
Pra variar, choreeeeei. Lindo.
ResponderExcluirlindo... não tenho mais como me expressar!!!
ResponderExcluirlindo texto! lindo desabafo!!!!
bjs
da Li
Lindo texto, Nina! bjo
ResponderExcluirPaloma e Isa
Lindooooo!
ResponderExcluirComo sempre, vi sua alma aqui na tela!!
ResponderExcluirParabéns pelo 1o ano do blog!
Oi amiga! Sigo seu blog e gosto muito! Passa lá no meu, SIGA e COMENTE para aumentarmos ainda mais o vínculos entre as mães blogueiras!!!
ResponderExcluirwww.dilemasdeumamaesemmanual.blogspot.com
Oi amiga! Sigo seu blog e gosto muito! Passa lá no meu, SIGA e COMENTE para aumentarmos ainda mais o vínculos entre as mães blogueiras!!!
ResponderExcluirwww.dilemasdeumamaesemmanual.blogspot.com
Fui te conhecer bem no primeiro aniversário...
ResponderExcluirParabéns!
Jaka
meu primeiro blog durou quase 7 anos, mas infelizmente eu tive q apagar por causa de uma briga judicial com o pai de minha menina.
ResponderExcluirO q me chamou a atencao qdo vi vc entre os follows da Thelma, foi o nome do blog, o tanto quanto original e o que a muito tempo eu levei como "sina".. fui mae solteira, e depois me casei com uma outra pessoa. E engracado pq nesse caso nao sei qual e o status quo ahahah, e pq tb ja passei por diversas fases seja a minha filha sem pai, seja ela com o pai visitando, seja ela co o pai ausente e seja ela agora com o padrasto. E um carrossel de emocoes ne Nina?
Mas olha, continue a escrever, pq vc redige muito bem e expressa mais ainda suas emocoes de forma bonita. Intensa.
E escrever, la na frente e uma terapia, qdo a gente volta, a gente relembra, trata e revive o q tem q ser revivido. Para mim reler partes de minha vida as vezes me faz muito bem, pq clareia minha mente para q eu nao reclame demais das coisas atuais, ao lembrar tudo q ja vivi!
sigo vc.
bjs
Nina,
ResponderExcluirDeixei um selinho para vc no meu blog.
www.nywithkids.blogspot.com
bjos
Genialmente verdadeiro, apesar de triste. Emocionante relato...só quem já provou sabe o gosto que estas vivências tem...
ResponderExcluirParabéns pelo1º ano do blog, é muito lindo , é muito bom ! Bjs carinhosos, Mammy
Caramba, fiquei sem fôlego.
ResponderExcluirbjs
Gostode textos reflectivos. O seu me fez ir ao amago de minhas memorias mais intrinsecas.
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirNome totalmente original. Amei!
Essa ainda ñ é a minha realidade... coisa de futuro. Mas certamente agora vc tem uma seguidora chata, q ama leitura e acompanha os blogs de pertinho, msm q ñ comente.
Ainda ñ li tudo, mas imagino o qto de luta, paciência, sufoco, garra vc passou. Parabéns!!!
Bjs
Olá! Passei para visitar e acabei amando, ja estou te seguindo, é muito interessantes seus texto. Quero aproveitar e lhe fazer um convite, à visitar minha pag , é um blog relacionado a mulheres, creio que se identificará bastante.
ResponderExcluirum grande beijo em teu coração
tenha um iluminado dia
Que Deus te abençõe!
Beijos
Deyse Shekinah
sempre me emociono quando passo por aqui,
ResponderExcluirParabéns pelo 1º ano e vida longa ao blog!
bjs
Parabéns pelo aniver do blog, Nina.
ResponderExcluirAgora... comentando o post, eu chorei, viu? É tão triste qndo a gente começa a 'perder' os entes amados assim, devagarzinho... só que esse tal do Alzheimer é tão doloroso pra quem esta 'fora' dele...
Que coisa mais linda de se ler!
ResponderExcluirE meus atrasados parabéns pelo aniversário do blog.
Roberta
Prima! sensacional!
ResponderExcluirbjos
Fábio.
Nina, conheci o seu blog hoje, pelo MMqD, mas estou fuçando tudo, lendo todos os textos e me emocionando demais...
ResponderExcluirTudo bem que já faz um tempo que você escreveu este post (e eu nem sei se vc vai ver que eu comentei aqui), mas digo que me emocionei muito com o seu texto. A avó do meu marido também tinha Alzheimer, eu a conheci quando ainda falava e depois de alguns anos ela não resistiu à doença, faleceu quietinha, caladinha, com o olhar perdido.... entendo muito do que você falou e concordo com tudo.
Um grande abraço da sua nova fã - adorei!
Dani