sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pode pular que a mamãe pega

Juro que tentei, mas mesmo com os maravilhosos protetores de calcanhares (que funcionam de verdade!) continuo em uma relação tensa com o tal do salto alto. Sei lá, talvez realmente tenha alguma coisa a ver com a genética.

Mas não dá. Principalmente depois de ser mãe minha vida mais parece uma maratona. Levar filho na escola equilibrando mochila e lancheira, ir a festas infantis e passar o tempo todo correndo atrás da criança, ir ao supermercado e carregar um monte de compras sem desprender a mão do filho... tudo isso combina mais com um tênis com sistema avançado de amortecedores.

E quando estou no meio dessa confusão e vejo lá no alto um mãe toda elegante, em cima de um 5 centímetros que seja, me sinto a pior das mulheres.

Outro dia estava na pracinha com minha filha quando entra um menininho mais ou menos da mesma idade feito um raio em direção àquelas barras em que as crianças adoram se dependurar. Passou por cima dos nossos castelinhos de areia sem nem perceber. Alguns segundos depois chega a mãe: cabelo escovado, maquiagem impecável, saia justa, bijus tilintando e um salto agulha que poderia ser considerado arma branca.

Olhei pro meu tênis sujo, meu jeans rasgado e me senti uma meninota que não sabe de nada da vida. A tal mãe estava tão bonita que era inevitável olhar pra ela hora ou outra. O filho, que logo enjoou da brincadeira, quis descer das barras mas não conseguiu. A mãe mudou a bolsa de ombro e esticou os braços. “Pula filho! Mamãe te pega!”. Mas quem disse que o menino pulava? Armou um berreiro que comoveu metade das pessoas presentes no parquinho. E a mãe sacodia os braços fazendo música com as pulseiras e enterrando o salto na areia, mas nada do menino pular.

Cinco minutos de agonia se passaram até que a babá chegou. Bastou que ela se aproximasse do brinquedo para o menino se atirar em seus braços com toda a confiança do mundo.

A babá usava calças brancas e tênis.

6 comentários:

  1. vem cá... Dá mão e vamos sair correndo juntas de tênis.

    É genético, só pode ser!!
    hihi

    Bjs

    Adri, Sof, Manu

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  2. As verdadeiras mães sentam no chão, entram na piscina, brincam de terra, brincam de casinha, de carrinho, com as filhas e os filhos.
    Quando uma mãe não consegue fazer isso, ela sobe no salto e brinca de desfilar.... SOZINHA.
    Ainda bem que você não faz parte deste time das mães "modelos de passarela". ;)

    P.S: Inclui você nas sugestões de blogs do meu Blog, ok?

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  3. Eu sou da genética do salto alto, nunca desço de um! Mas quando a Julia era pequena... aí tive que abandonar a genética por um tempo, afinal, filho pequeno e mãe de salto alto não combinam mesmo! rss

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  4. Nina!!! Tem um selinho pra vc no meu blog... Volto já já pra ler seu post decentemente, rs
    Bjus

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  5. Ah, naum! Salto é só em dias que preciso estar chick msm! Com a Sofia só em dias de festa! Parquinho de salto? Que adianta estar bonita se o filho não vai te querer? Mimata! Não dou conta disso, não!
    Temos que aproveitar que podemos voltar ao nosso tempos de criança pq temos filhos pra fazer isso com a gente!
    Aproveite os tênis e calça jeans surradas!!!
    Beijo grande

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  6. Nossa depois que as meninas nasceram eu nem sei mais o que é salto alto. E olha que eu amo sapatos!
    Eu li seu post sobre Billy. Concordo quando vc diz que o nosso dinheiro tem sabor diferente.
    Obrigado pela sua visita, volte sempre.
    Bjus

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