quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Metamorfoses Cabelísticas


Sempre achei que meu cabelo deveria acompanhar meus momentos de vida. Tudo isso começou, até onde eu me lembro, quando tive minha primeira paixão de verdade. Era meio estranho olhar no espelho e ver a mesma pessoa de sempre, sendo que por dentro eu era tão cheia de novidades. Resultado: luzes.

E assim aconteceu quando mudei de país e deixei minhas longas madeixas semilouras por lá. Imagina se depois de tudo que vive eu iria voltar assim, com a mesma cara do dia do embarque.

A gravidez rendeu um micro-quase-chanel-com-repiques, o que combinava bem com a confusão emocional que eu experimentava naquela época.

Quando minha filha nasceu eu bem que precisava ficar careca, e quem sabe dar uma de Michael Jackson às avessas e mudar de cor de pele também. Saí do hospital outra pessoa e minha aparência só não refletia tamanha mudança porque eu estava ocupada demais sendo mãe para pensar em salão de beleza. Mulheres que viram mães deveriam mudar até de CPF.

Não por coincidência minha filha, pela primeira vez em cinco anos, se vestiu sozinha para a escola, arrumou a mochila, almoçou sem ajuda e escovou os dentes sem que eu tivesse que persegui-la pela casa exatamente no mesmo dia em que trocou os cabelos longuíssimos de sempre por um chanel de boneca. Foi para o salão decidida e sem piedade. Voltou com um espanador de cabelo na mão e a nuca à mostra, feliz da vida, parecendo outra pessoa.

Será que virou mocinha?





*ilutração: Patricia Ariel

8 comentários:

  1. Que beleza! Eu tb sou super ligada nesses lances de cabelo.. e já ate raspei o meu uma vez!! rsrs

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  2. Meus cabelos tb acompanham minhas mudanças. Quando eu precisava dar uma virada dessas bem grandes, pintava de vermelho. Mas, como vc, na minha maior mudança eles ficaram iguais, já que não dava tempo de correr por salão com a pequena muito pequena. rs
    Que delícia deve ser ver sua menina assim decidida! E deve dar medo tb. Ou não?
    Bju gde =*

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  3. Cabelo é uma coisa...Mesmo que tudo mundo fale que está bonito, ai parece que provoca e vamos lá e cortamos, pintamos, alisamos, sei lá..

    Bjim

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  4. Eu tenho um apego com meu cabelo, confesso! Coisa da minha mãe que quando eu era pequena não deixava eu cortar por nada, ai fui crescendo e poucas vezes cortei, sempre dava só uma aparadinha pra tirar as pontas e era ela mesma quem fazia isso.
    Mas ai eu cresci e podia ter radicalizado, mas não. Continuei pouco ousada no quesito corte. Gosto mais de mudar a cor. Hj em dia as vezes vou ao cabelereiro ou eu mesma corto em casa.
    Nina, adorei a história da sua filhota, acho que com a minha vou tentar tb dar bons exemplos de desapego.
    uma bejoca em vcs!

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  5. Hmmm... Eu tbm sofro de metamorfose cabelística... é um sofrimento ir ao salão pq TENHO q sair diferente! As pessoas tem q notar q eu mudei! kkk

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  6. Olá Nina,
    O cabelo sem dúvidas é a moldura de um rosto. Acho que ele está ligado a nosso estado de espírito. Achei bem interessante sua abordagem sobre cabelos.
    Um abraço,
    Dalinha

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  7. que fofura sua boneca!

    mulher que é mulher tem q ter uma crise capilar acompanhada de mudança radical. ehehehhe!

    já tive o cabelo desde a cintura até sem cabelo.
    do loiro ao preto, passando pelo vermelho.

    pelo visto sua menina não será diferente, né?
    ehehehhe

    beijinhos, obrigada pela visita e já estou te seguindo por aqui.

    :)***

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  8. Agora, depois de anos de cabelo curto, estou tentada a deixa-lo crescer... a amamentação alisou meu cabelo (o que odiei), e sem os cachos o cabelo curto não ta fazendo muito sentido. E, num sei, tenha pensado que mãe tem cabelo comprido, não?
    Que linda sua mocinha se sabendo mocinha depois de ter cortado o cabelo...

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