quinta-feira, 28 de maio de 2009

Dona de casa de primeira viagem

Nunca fui muito ligada às tarefas domésticas. Apesar de não me enquadrar no tipo de filha “mimada” devo admitir que sempre tive quem arrumasse minha cama, fizesse minha comida, lavasse minha roupa e por aí vai. Minha mãe vivia me falando que eu precisava aprender a fazer todas essas coisas antes do casamento, para não sofrer muito quando elas passassem a fazer parte obrigatória da minha rotina. Mas eu não me importava, sabia que quando fosse a hora eu aprenderia sem grandes esforços. Afinal, que segredo há em cuidar de uma casa?

Ah, não pague para ver.

Comecei muito animada indo ao supermercado comprar produtos de limpeza. A sessão de amaciantes é uma delícia. (Gasto horas destampando os frascos para sentir as fragrâncias e sempre fico na dúvida entre o “frescor da manhã” e o “carinho de bebê”). Depois de estar equipada com sabão em pó, Vanish e amaciante fui correndo encontrar minha melhor amiga, a senhora máquina de lavar, para a nossa primeira brincadeira. Um dia antes da grande estréia dois homens engravatados haviam me dado “todas” as instruções sobre como lidar com a minha querida. Achei um dinheiro super mal gasto, para falar a verdade, já que eles praticamente leram o que já estava escrito na máquina. Nenhum segredo. Os botões oferecem todas as opções imaginadas, mais ou menos como o microondas que tem a tecla “esquentar só mais um pouquinho”.

Pois bem, coloco só as roupas claras, sabão em pó (finalmente vou tirar a prova do poder do OMO que acompanhei na TV desde a infância), Vanish, amaciante “orvalho de jardim”. Aperto a tecla “lavar roupas claras”. Tudo funcionando. Ótimo. Mamão com açúcar. Vou ler um livro.

Qual a minha surpresa quando chego de volta e encontro toda a minha área de serviço e metade da cozinha com um palmo de espuma pelo chão. Oh-oh. Absolutamente ninguém, nem os engravatados, nem o senso comum, nem nenhuma etiqueta explicativa disse que aquele cano lateral deveria ter sido mirado para dentro do tanque. É claro que, pensando de trás pra frente, hoje isso faz todo sentido. Afinal, não tinha como toda aquela água suja evaporar nem ser regurgitada pelo cano principal. Eu simplesmente não parei pra pensar. Como eu ia saber?

Minha diversão do dia acabou se estendendo por toda uma tarde, tamanha a dificuldade em tirar aquela espuma do chão e enxugar o piso. Isso sem mencionar o fato da minha filha ter adorado deslizar pela cozinha brincando de “patinação nas nuvens” e sair com pezinhos de algodão por toda a casa. Acabei o dia exausta.

Pelo menos a casa ficou com aquele cheirinho delicioso de orvalho de jardim.

4 comentários:

  1. Nina, que delícia!!! Fala sério, no dia vc deve ter ficado muito brava consigo mesma, mas olha que história mais divertida! O mais legal é exatamente a ingenuidade e espontaniedade de tudo isso... Tenho certea que vc proporcionou uma tarde maravilhosa pra Lele!
    Bjos mudos! rsrsrs

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  2. Oi prima!
    Estava lavando minhas roupas ali mais cedo e me lembrei do seu post... mas aqui na vovó nem tem máquina de lavar, né? Mas qdo eu tiver minha casa, com certeza vou me lembrar desse detalhe da mangueira! ha pequenos detalhes fazem uma eonrme diferança nessa vida doméstica!
    Beijo

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  3. Episódio bacana esse! huhuhu
    Sério... de vez em qndo (qndo minha mãe viaja e eu to sem roupa) eu lavo umas roupas aqui em casa, mas MORRO de preguiça de ter que colocar um tanto de sabão, separar as roupas, o tanto certo de amaciante, a hora certa de tudo... É bom ter quem faça isso por nós, né? hihi

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